sexta-feira, 17 de julho de 2009

Voluntariado – Operação Sorriso Rio de Janeiro

Muitas empresas perguntam em seus cadastros se a pessoa participa de alguma atividade voluntária, social ou ambiental. Em algumas companhias essa é uma questão relevante e totalmente atrelada aos valores e às atitudes da organização. Em outras é mais marketing do que qualquer outra coisa. De qualquer forma, sustentabilidade e responsabilidade social (que são coisas diferentes) estão na moda, e eu espero que seja uma moda bem duradoura, já que faz bem pras pessoas e pro planeta.

Já ficou bastante claro que isso se transformou em um diferencial em certos processos seletivos, mas antes que alguém resolva participar de qualquer ação só para colocar no curriculum, é melhor avisar: não dá certo. Qualquer tipo de atividade voluntária demanda tempo, dedicação e principalmente envolvimento. Não adianta sair por ai plantando árvores, totalmente sem vontade, só pra contar em uma entrevista.

Para dedicar seu tempo e seu esforço, é preciso se encantar. Talvez seja isso que as empresas buscam quando perguntam se você faz parte de algum trabalho voluntário. Isso pode medir sua capacidade de se comover, de se envolver e de lutar por uma causa, simplesmente porque é bacana e não porque dá lucro. Pode parecer meio fantasioso esse espírito de que as empresas estão tentando se humanizar, mas já temos muitos exemplos no mercado de organizações que não querem apenas fazer marketing social. Elas têm valores, filosofias e atitudes que vão além dos gráficos e cifrões.

Quando eu era mais nova, eu costumava visitar orfanatos e asilos com um grupo que eu frequentava semanalmente. Isso aconteceu até meus 13 anos e depois disso me afastei desse tipo de atividade. Na Páscoa desse ano, a empresa em que eu trabalho fez uma ação integrada com uma ONG e me fez relembrar desses tempos e do quanto é bom você fazer um pouquinho que significa muito para os outros.

Me encantei com o trabalho da ONG e me inscrevi como voluntária assim que vi o resultado da ação da empresa onde trabalho, e agora chegou a hora de ajudar!

Espero que vocês já tenham ouvido falar do trabalho da ONG Doe um Sorriso. É um grupo que trabalha para realizar gratuitamente cirurgias de correção de lábio leporino e fenda palatina. Para quem não sabe, são aquelas pessoas que tem uma fissura na parte superior do lábio, mas os problemas podem ser muito maiores. A maioria das pessoas não sabe, mas existem casos de fissuras que chegam a até o céu da boca e o nariz. O quadro é tão crítico que isso prejudica a fala, a alimentação, a respiração e obviamente o convívio social de milhares de crianças.


Sabem qual é a parte boa? Uma cirurgia de apenas 45 MINUTOS resolve o problema. E resolve mesmo! No site da ONG dá pra ver um monte de fotos do antes e do depois. As ações acontecem em datas e locais específicos. A arrecadação de Páscoa do meu trabalho ajudou na ação de Maceió e agora chegou a vez do Rio de Janeiro.

Uma das partes mais legais, principalmente para nós que geralmente temos muito pouco tempo disponível, é que ajudar a essa ONG não demanda doações absurdas ou atividades contínuas. Cada ação é como um novo projeto, com tempo e atividades programadas para chegar a um resultado totalmente visível e muito recompensador.

A triagem para as cirurgias do Rio de Janeiro vão acontecer nos dias 6 e 7 de agosto, no Hospital do Fundão, na Ilha do Governador. Durante esses dois dias são feitos diversos exames e avaliações para preparar os pacientes. Quem vier de cidades distantes, poderá ficar no alojamento. As cirurgias acontecem de 10 a 14 de agosto, e as crianças saem prontas para terem uma vida normal e ainda ganham um kit pós-operatório com medicamentos, brinquedos e alimentos pastosos.

Para quem quiser ser voluntário, vai uma tarefa bem simples: DIVULGUE! Comente com seus familiares, amigos, conhecidos e principalmente com quem puder levar essa mensagem para as áreas mais distantes, onde estejam concentradas famílias mais carentes e que não podem pagar por essa cirurgia. Qualquer pessoa interessada em participar (como voluntário ou paciente) pode ligar para esse número: (21) 7152-3855. Falem com a Elisa e pode ligar a cobrar.

Se você quiser participar ainda mais, existem muitas tarefas que ainda podem ser feitas. Além da divulgação, tem muitos materiais a serem arrecadados como lanches para os pacientes, remédios, brinquedos e determinados alimentos para o kit pós-operatório. Sacolas plásticas grandes para os kits, lençóis e cobertores para o alojamento, itens de higiene pessoal, roupas e descartáveis também serão bem vindos! A lista completa vocês encontram no blog da ONG.

Não preciso nem dizer que tô super empolgada em ajudar e pra melhorar, a empresa aonde eu trabalho também entrou nessa e vamos fazer uma ação muito legal durante uma semana para arrecadar doações com os funcionários. Se cada um fizer um pouquinho, vocês já sabem, né...

4 comentários:

  1. Lili,

    Gosto do teu blog. Mas vou te fazer uma crítica. Tenho uma ONG a mais de 10 anos - isso pq eu só tenho 24 anos. Hoje em dia o que mais aparece é VVS - na gíria de algumas ONG's de Sampa quer dizer - Voluntário "Vou arrumar um emprego bom" e Sumir. Sinceramente isso é o que menos precisamos: pessoas que querem deixar o currículo mais bonito dizendo que planta árvores ou se vestem de palhaço aos finais de semana. Quem administra uma ONG sabe da importância de voluntários comprometidos e que realmente queiram ser voluntários - por isso é VOLUNTÁRIO. Talvez, concordo com vc, algumas pessoas acabem gostando da idéia e se mantenham após se tornar Trainee. Mas me causa muito medo este "é bom ter isso no currículo" como se ser voluntário fosse um curso de verão, uma habilidade ou simplesmente um formato criativo de currículo. Só quero lembrar - a você e a todos os leitores do blog, que ser voluntário é se dedicar, nem que seja um minuto do seu dia, a ajudar o próximo SEM NADA EM TROCA. SER VOLUNTÁRIO É UM MODO DE VIDA. Espero que receba bem a crítica.

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  2. Oi Hugo!

    Fico feliz com seu comentário e nem o encaro como uma crítica. Tentei deixar essa mensagem bem clara nesse post, já que o objetivo maior do que escrevi era divulgar o trabalho que eles fazem e não promover o voluntariado como uma forma de conseguir um emprego.
    Talvez, na matéria do jornal, possa parecer que é pra isso que serve a ONG para um futuro trainee, mas de fato NÃO É.

    E só para esclarecer, o meu envolvimento com a ONG não tem absolutamente nada com os processos, eu realmente me encantei pelo trabalho deles e não pretendo em hipótese alguma usar isso como diferencial para conseguir um emprego. Acredito que isso seria mesquinho e desnecessário.

    Desde mais nova, por alguns anos, participei de um grupo e frequentemente visitávamos asilos e orfanatos para levar doações ou simplesmente doar tempo e eu entendo que o trabalho voluntário tem algo sim em troca: ver o bem que você pode fazer ao outro. Isso não tem preço.

    Bjs,
    Lili

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  3. Poxa,gostaria muito de ser voluntário,principalmente de programas que sejam dirigidos a crianças.Caso alguém tenha como me ajudar a realizar esse meu desejoé só entrar em contato comigo pelo tel:2881-0815,ou o e-mail:wlyrio.pt@ig.com.br.Posso garantir que minha ajuda será de coração.Um abraço para todos.

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  4. aaah eu tb gostaria muito, ja entrei em vários sites de fundação, mais sou de menor e não pode :/, mesmo eu fazendo 18 mês que vem.
    poxa eu queria tanto ajudar as criancinhas. :/
    se alguem souber alguma coisa fale comigo também. juju_ga_tinha16@hotmail.com

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